VIII Seminário Heliópolis, Bairro Educador
VIII Seminário Heliópolis, Bairro Educador
"Para Organizar a Esperança"
“Aprender é um ato revolucionário”
(Paulo Freire)
Heliópolis vem se constituindo como um importante centro de desenvolvimento de concepções e práticas pedagógicas inovadoras, que inspiram muitas outras experiências no Brasil e no mundo. A partir da integração entre escola e comunidade, iniciada há duas décadas pela EMEF Presidente Campos Salles e pela UNAS, o Bairro Educador de Heliópolis vem se expandindo. Atualmente essa rede articulada envolve também outras escolas, projetos e movimentos sociais, em torno de cinco princípios comuns: tudo passa pela educação, a escola e projetos como centros de lideranças, autonomia, responsabilidade e solidariedade.
O CEU Heliópolis Professora Arlete Persoli é uma construção do movimento social que se fortalece a cada dia neste território. A participação da comunidade na luta pela efetivação dos direitos das pessoas tornou possível a proposição desse espaço ao poder público. O CEU Heliópolis nasceu da luta popular e existe para fortalecê-la.
Entretanto nos últimos anos o Brasil vem enfrentando um difícil retrocesso político que tem como primeira consequência a perda de direitos da classe trabalhadora. A violência tem se intensificado nas ruas - contra as mulheres, contra os jovens negros, contras as crianças e adolescentes, contra a comunidade LGBTI+. A miséria e a fome têm voltado a nos assombrar. E o que nós, educadores, temos a ver com isso?
Precisamos, mais do que nunca, difundir a nossa visão sobre o papel da educação na afirmação da democracia. Como contribuir para a formação integral de sujeitos que têm por direito o pleno exercício da cidadania? Trazer as pautas dos movimentos populares para o nosso debate contribui para impedirmos o esvaziamento dos espaços de participação social e também para promovermos, entre nós, aprendizagens que possam realmente significar a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Que o VIII Seminário Heliópolis Bairro Educador seja não só um espaço de reflexão, mas especialmente um espaço de resistência e de organização da esperança.
Abertura - Quinta-feira (27/09) às 19:00hs - Rua da Mina, nº 38 - Quadra da UNAS
Mesas de debate e atividades - Sexta-feira (28/09) das 09hs às 17hs - Estrada das Lágrimas, nº 2385
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Atividade 1 – Mesa de Debate: Inovação e autonomia na escola pública
Há anos a comunidade de Heliópolis vem conquistando autonomia para desenvolver um projeto político pedagógico inovador. A comunhão entre a principal associação de moradores do bairro (a UNAS) e a EMEF Pres. Campos Salles resultou na construção de uma comunidade de aprendizagem articulada no território: o Bairro Educador de Heliópolis. Entretanto sabemos que precisamos avançar permanentemente na construção da nossa autonomia e encontrar respostas para as nossas demandas. É possível pensar em políticas públicas que garantam cada vez mais autonomia às comunidades de aprendizagem, para que estas possam inovar e formular seus processos educacionais sintonizados com o século XXI? O que afinal significa inovação? De que forma o poder público pode participar da construção de uma rede de escolas autônomas?
Convidados
Alexandre Schneider - Secretário Municipal de Educação da cidade de São Paulo
Braz Nogueira - Educador, diretor da UNAS e ex-diretor da EMEF Pres. Campos Salles
Amélia Arrabal – Coordenadora Pedagógica da EMEF Pres. Campos Salles
Helena Singer - Socióloga, líder de juventude para a América Latina da Ashoka.
Valdo José Cavallet – eNeGenCiano por identidade, educador por paixão, terráqueo por sentimento e por compromisso. Estuda os humanos em todas as suas dimensões. Atua no projeto de Educação Emancipatória da UFPR Litoral desde a sua concepção até os dias lunares atuais. Identificado e compromissado com as lutas e frentes populares.
Mediação
Marília de Santis – diretora da UNAS e gestora do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli
Local: Sala Multiuso – Torre da Cidadania
Atividade 2 – Debate a partir da apresentação da Tese: Os meninos de Heliópolis e Região: O Ser e Fazer de adolescentes em conflito com a lei e a sintomática criminal
Ao longo de cinco anos de trabalhos realizados nos MSEs o pesquisador realizou uma pesquisa envolvendo 70 adolescentes residentes em Heliópolis e região, que se encontravam em conflito com a lei. A partir da pergunta “quais os motivos que levaram esses jovens para a prática infracional e quais as perspectivas deles em relação ao futuro?”, e no intuito de chegar a uma resposta a essas questões, foram utilizadas algumas técnicas projetivas para coletar dados com os adolescentes, como por exemplo, o desenho estória e o discurso do sujeito coletivo. Os resultados foram bem impactantes.
Pesquisador
Ricardo Rentes - Psicólogo de orientação Psicanalítica, Especialista em Saúde Mental e Justiça pelo Hospital de Custódia do complexo Juquery, Especialista em Psicopatologia e Saúde Pública pela USP, Mestre em Ciências Humanas, Sociais e Criminologia pela UFP do Porto em Portugal. Professor Orientador do Curso de Especialização em Políticas Públicas e Socioeducação na Escola Nacional de Socioeducação - ENS Brasilia-DF, Docente do Curso de Especialização em Saúde Mental, Stress e Dependência Química pela FAPSS. Supervisor clínico/institucional em serviços de saúde mental e assistência social.
Debatedora
Antônia Clene Alves – Assistente Social, moradora de Heliópolis e liderança comunitária, gestora do Serviço de Medida sócio-educativo parque Bristol (MSE-Pq Bristol/UNAS)
Mediação
Mairton Bezerra – Psicólogo, gestor do Núcleo de Proteção Jurídico-social e Apoio Psicológico (NPJ/UNAS) e militante do Movimento LGBT da UNAS.
Local: Sala da UNICEU Heliópolis – Torre da Cidadania
Atividade 3 – Mesa de debate: Reformas educacionais: avanços ou retrocessos?
O Brasil pós-golpe tem vivido um intenso processo de reformas impopulares implementadas com pouca ou nenhuma participação da sociedade civil. A base nacional comum curricular e a reforma do ensino médio fazem parte desse conjunto de normativas que devem ser implementadas em breve. Como isso tem sido entendido pelos educadores brasileiros? Quais 0s principais aspectos políticos de tais reformas? Quais os possíveis impactos destas políticas educacionais?
Convidados
Natacha Costa - Psicóloga formada pela PUC-SP, Natacha é diretora geral da Associação Cidade Escola Aprendiz desde 2006. Coordena o Centro de Referencias em Educação Integral Além disso, faz parte do Programa Líderes Transformadores da Educação da Fundação SM que reúne educadores de 9 países da América Latina e Espanha e compõe a comunidade ativadora do Programa Escolas Transformadoras no Brasil (Ashoka/Alana).
Representante da APEOESP (a confirmar)
João Cardoso Palma Filho: Professor Doutor Aposentado da UNESP e ex- Coordenador do fórum estadual de educação, atualmente consultor da APEOESP
Mediação
Fernanda Aparecida Pereira – Pedagoga, Pós Graduada em Educação Inclusiva e coordenadora do Movimento de Mulheres da UNAS.
Local: Auditório da ETEC Heliópolis
Atividade 4 - Mesa de Debate: Discutindo o estado laico no ambiente educativo
Quando discutimos Estado laico, buscamos assegurar a liberdade religiosa de um povo, de maneira que não seja submetido às decisões políticas segundo determinada corrente ou campo religioso. A educação pública deveria assegurar o direito de acesso ao conhecimento plural presente na sociedade. De que maneira resistimos pela liberdade cultural e religiosa como direito? Como a escola pode se constituir enquanto espaço de diálogo plural?
Convidados
Pai Kangamba/ Marcelo Tadeu dos Santos Bastos Gomes - Título Religioso: Tatetu Ria Nkisi Kangambadiama
Padre Bernard Henry
Pastor José Reis
Edson Santos – Professor e filósofo
Mediação
Mércia Ribeiro - Coordenadora do Movimento Fé e Política, diretora da UNAS.
Local: Auditório da Biblioteca CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli
Atividade 5 - Mesa de Debate: Direito ao corpo e à vida, pela descriminalização do aborto e contra o feminicídio
O machismo, o sexismo e a violência contra as mulheres, que vinham sendo combatidos durante anos de resistência com políticas públicas efetivas, estão aumentando de forma intensa. Tal aumento é fomentado por grupos defensores “da moral e da família”, que decidem pelo corpo das mulheres ao mesmo tempo em que as matam. Esta mesa pretende dar voz às mulheres e debater o que elas querem de seus corpos e direitos.
Convidadas
Maria Julia Montero - Militante da Marcha Mundial de Mulheres de São Paulo, atualmente acompanha a frente contra criminalização das mulheres e pela legalização do aborto.
Solanje Agda – liderança comunitária, diretora da UNAS, educadora social, membro do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e do Movimento de Mulheres da UNAS.
Mediadoras
Indira Gabriela - Educadora Social e estudante de Pedagogia na UNICEU Heliópolis
Mariana Maria da Silva - Moradora da Comunidade de Heliópolis, coordenadora do Movimento de Mulheres da UNAS, pedagoga atuante na Educação Infantil, pós graduanda em Alternativas para a Nova Educação pela UFPR.
Local: EMEF Pres. Campos Salles
Atividade 6 – Mesa de Debate: Liberdade ou escravidão? Quem me representa?
O movimento negro da UNAS propõe um espaço de reflexão para juntos pensarmos como está a inserção da população negra nos espaços de decisão e poder, atualmente, no brasil. Como se dá a política racial em nosso país, historicamente falando? Como pensar no privilégio branco dominante sobre a população negra? Como se dá (ou não se dá) o acesso dos afrodescendentes nos poderes judiciário, legislativo e executivo? Como garantir a equidade racial na participação política?
Convidados
João Lindolfo Filho - Músico, radialista e compositor.
Marcos Antônio da Silva (Marquinho) - Educador e Cientista Social, membro do histórico Movimento de Meninos e Meninas de Rua.
Mediadora
Maria Antônia Fulgêncio - Coordenadora do Movimento Negro da UNAS, educadora do MOVA/UNAS e Coordenadora Geral do Cursinho Preparatório para o Vestibulinho da ETEC Heliópolis.
Local: EMEF Pres. Campos Salles
Atividade 7 – Mesa de Debate: Avanços e Retrocessos na implementação das políticas para população LGBTI+
Nos últimos anos, as políticas públicas voltadas à população LGBTI+ na cidade de São Paulo tiveram avanços expressivos, reconhecidos internacionalmente, especialmente no período em que se implantou o programa Transcidadania e os quatro Centros de Cidadania para esta população. Foi uma fase importante de criação de programas e serviços voltados para a inclusão social, a educação e a garantia de direitos. Com o crescimento da intolerância e do preconceito, potencializados por grupos conservadores no poder, a continuação dessas políticas e a garantia por direitos de igualdade encontram-se gravemente ameaçados. Como os espaços educacionais podem se unir aos Movimentos Sociais pela defesa do Estado Democrático de Direito?
Convidadas
Paola Alves de Souza - Mestre em história, Pedagoga do CCLGBTI/Edson Néris, Pesquisadora do estudo Trans*nacional/Santa Casa
Fernanda Nigro - Advogada do Centro de Cidadania LGBTI/Edson Néris, membro atuante do ILADH, Advogada Voluntária no Grupo de Incentivo à Vida (GIV) e Grupo PelaVidda/SP
Mediador
Rodrigo de Assis Gomes Bastos - Assistente de Coordenação do Centro de Cidadania LGBTI+ da Região Sul de SP/UNAS, Ex-conselheiro Municipal de Políticas para LGBTI+ de São Paulo, Integrante do movimento LGBTI+ da UNAS.
Local: EMEF Pres. Campos Salles
Atividade 8 – Mesa de debate: Será que os jovens são mesmos desinteressados? O papel das juventudes nas transformações sociais
Esta mesa de debate, em forma de talk show, pretende promover uma conversa sobre as juventudes e a sociedade. No decorrer da história do Brasil e do mundo, as juventudes tiveram papel essencial nas principais transformações culturais e políticas do último século. No entanto, transgressores por natureza, os jovens são comumente vistos como indisciplinados, desinteressados... Ao mesmo tempo, com frequência a sociedade atribui à juventude o papel de agente da mudança social, de “futuro do país”. Em agosto de 2018, os jovens de Heliópolis se reuniram pela 4ª vez no encontro Chega aí! - Direitos da Juventude e durante os debates concluíram que ainda falta muito para que seus direitos sejam garantidos. Nesse sentido, como pode a educação contribuir com a mobilização e organização das juventudes para a luta pelos seus direitos? Como os jovens podem organizar-se para influir na construção de Políticas Públicas e ocupar os espaços de decisão e participação? Como as culturas juvenis podem contribuir com novas formas de organização e luta popular?
Convidados
Juliane Cruz - Atualmente é graduanda do curso de Licenciatura em Educomunicação da Universidade de São Paulo (USP), educadora do curso de Comunicação e Cidadania do Projeto Redigir e estagiária da Viração, organização da sociedade civil que desenvolve projetos de impacto social por meio da educação, comunicação e mobilização social de adolescentes e jovens.
Gabriel Medina – Psicólogo, ex-coordenador de Políticas Para a Juventude da Cidade de São Paulo e ex-secretário Nacional da Juventude (a confirmar).
Rodrigo C. Francine, Elaine Silva e Daniel Knob - Há oito anos atuam como membros da ASASS - Associação São Miguelense para o Desenvolvimento Sustentável em são Miguel Arcanjo - SP, integram movimentos jovens que culminaram no projeto Cidade Escola por onde já passaram centenas de jovens e famílias hoje buscam a consolidação de seis espaços permanentes para o desenvolvimento humano na cidade: Juventude, Mulher, Criança, Artes, Sustentabilidade e Comunicação.
Igor Nova Safra - MC, beatmaker e videomaker. Educador Social e membro do Fórum de Juventude da UNAS.
Mediação
Elizangela Batista - Moradora de Heliópolis e estudante de Serviço Social. Atualmente trabalha como educadora social em um projeto de prevenção à violência doméstica com crianças e adolescentes da UNAS. Integrante do Fórum da Juventude de Heliópolis/UNAS.
Local: Cinema – CEU Heliópolis
Atividade 9 – Mesa de Debate: Direito à moradia: construindo o Bairro Educador a partir do Direito à Cidade
Vivemos no Brasil violações ao Direito Humano e Constitucional à moradia. A especulação imobiliária segrega a população, o fogo apaga a história das favelas e o poder público precariza os investimentos em políticas habitacionais. Recobrando a memória de luta por moradia em Heliópolis, como podemos nos organizar para resistir a esse processo? O que é direito à cidade e como relacionar esse direito com o papel da educação? Qual a importância de projetos e Políticas Públicas intersetoriais que integrem o Direito à moradia aos demais Direitos Humanos? Como anda a regularização fundiária de favelas e ocupações?
Convidados
Eduardo Cardoso - Coordenador do MSTL - Movimento Sem Teto de Luta
Felipe Moreira - Instituto Pólis
Manoel Otaviano - Diretor da UNAS e Coordenador do Movimento Sem Teto da UNAS
Mario Vieira - Diretor executivo da Habitat para Humanidade Brasil
Mediação
Hugo Fanton – Coordenador Estadual da Central de Movimentos Populares de São Paulo.
Local: EMEF Pres. Campos Salles
Atividade 10 – Mesa de Debate: 50 anos da Pedagogia do Oprimido: MOVA e EJA alimentando a esperança pelo direito humano à educação
A Pedagogia do Oprimido, mais importante obra de Paulo Freire, está completando 50 anos e continua mais relevante do que nunca. As reformas neoliberais atingem a educação em sua autonomia, propondo no lugar do diálogo a cultura do silêncio e da castração da liberdade, contrariando a Constituição e a LDB. Nesse cenário o direito à educação ganha dimensões de “educação bancária”. A Educação de Adultos, inspirada pelos escritos freireanos, é campo de militância pela inclusão social e construção de Políticas Públicas que garantam o Direito Humano à educação. O constante fechamento de salas de EJA sob a justificativa de falta de demanda é algo contestado pela comunidade escolar, indo na contramão da obrigação do poder público de oferecer vagas para essa modalidade. Em tempos de retrocessos abrem-se, também, discussões sobre a implantação da EJA no formato à distância, o que excluiria os alunos e alunas de um dos maiores fomentadores do aprendizado: a convivência. O crescente aumento do número de jovens na EJA é mais um fenômeno que exige novas abordagens. Assim, levaremos para o debate: por que estão sendo fechadas as salas de EJA? Como podemos nos mobilizar pela garantia do direito constitucional à educação? A intenção é fazermos uma ação dialógica a favor de uma pedagogia da esperança.
Convidadas
Iraci Ferreira Leite - Coordenadora do Fórum do MOVA/SP, atuou como professora na Rede Estadual, coordenadora na Rede Municipal e trabalha em vários movimentos populares de educação.
Marisa Romeiro - Coordenadora Pedagógica EMEF Abrão Huck, educadora na luta pela Educação de Jovens e Adultos.
Mediação
Meire Lima - Coordenadora de Projetos Educacionais do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli
Local: EMEF Pres. Campos Salles
ATIVIDADES DO PERÍODO DA TARDE (14h00 às 17h00)
Atividade 11 – Mesa de debate: Educação especial e inclusiva - mapeamento e demandas da região
Com a implementação das Políticas Públicas em inclusão escolar, o número de alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEEs) em classes comuns aumentou, com intuito de construir ambientes de aprendizagem capazes de responder às demandas do cotidiano escolar relacionadas à convivência e aprendizagem na diversidade. Apesar dessas políticas serem resultado de certo avanço no movimento de inclusão das pessoas com NEEs, elas também revelam limitações e contradições do Sistema Educacional Brasileiro. Assim, esta mesa pretende apresentar um mapeamento das demandas da Educação Especial e Inclusiva na região de Heliópolis, seus desafios e propostas.
Convidadas
Priscilla Mab C. Miranda - Professora de Apoio e Acompanhamento à Inclusão - PAAI, junto ao Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão – CEFAI/DRE-IP
Priscila Serafim Maciel Pais - Educadora da rede privada e publica, professora de artes na EMEF Campos Salles, artista plástica no Instituto Olga Kos de inclusão cultural e professora de apoio e acompanhamento a inclusão
Carlos Alexandre Costa Correria - Formado em Ciências Sociais, mestre em Gerontologia e especialização em política internacional , deficiência múltipla e surdez.
Ana Luiza Bacchereti Sodero de Toledo - Mestre em Educação pela Uninove, especialista em Educação Inclusiva na área da deficiência intelectual pela PUC-SP e pedagoga habilitada em educação especial pela Universidade Mackenzie. Coordenadora do CEFAI da DRE Ipiranga.
Mediação
Meire Lima - Coordenadora de Projetos Educacionais do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli
Local: Sala de Aula - UNICEU Heliópolis
Atividade 12 – Mesa de debate: Memória e Cultura
A comunidade de Heliópolis vivencia uma experiência cultural muito rica, além de possuir uma memória social importante e bastante preservada na oralidade e na ainda atuante militância de suas lideranças históricas. O nosso desafio é debater o papel da cultura em um Bairro Educador e, principalmente, o papel da memória como elemento articulador do território. Como as comunidades de aprendizagem podem trabalhar as suas memórias e tratá-las como currículo? Que estratégias e experiências existem nesse sentido?
Convidadas
Elayne F. Pinheiro - Diretora de Articulação Educacional, da Secretaria Municipal de Educação, Departamento – COCEU/DIAP
Maria Alice Zimmermann - Diretora de Esportes, da Secretaria Municipal da Educação, Departamento – COCEU/DIESP.
Elaine Jardim - Mestre em Museologia pelo programa de Pós Graduação Interunidades em Museologia da USP, autora da tese “Meu bairro, Minha cidade: as exposições inaugurais dos CEUs e as representações urbanas das periferias paulistanas”.
Mediação
Robélia Velame - Mestre em Ciência da Informação com ênfase em Tecnologias Digitais, base de dados e Repositórios Institucionais. Atualmente trabalha como Analista de Informação, Cultura e Desporto – Biblioteca no CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli.
Local: Auditório da Biblioteca
Atividade 13 – Mesa de Debate: De golpe em golpe: o que a luta ensina?
O Brasil de 2018 possui muitas semelhanças com o Brasil de 1964, no que diz respeito às ameaças ao Estado Democrático de Direito e às perdas de direitos sociais. Como podemos entender tal analogia? Em que medida as reformas educacionais que ocorreram após golpe de 1964 se assemelham às reformas educacionais implementadas pelo atual governo federal? Como os movimentos sociais resistiram em 1964 e como têm resistido em 2018?
Convidados
Guiomar Lopes – Ex-militante da Ação Libertadora Nacional (ALN). Atualmente é médica, e professora da UNIFESP, foi Coordenadora de Políticas Para o Idoso da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de SP.
João Bosco - Marceneiro, Líder Sindical e Diretor da unas
Vivian Nani Ayres - Pós-graduanda em História Econômica na Universidade de São Paulo e membro do Grupo de Estudos sobre Marx (GMarx)
Mediação
Douglas Cavalcante – Diretor da UNAS e Coordenador de Projetos Culturais do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli.
Local: Cinema
Atividade 14 – Palestra: A Economia Solidária como Experiência Pedagógica: Educação Popular e práticas cooperativas na defesa de um currículo emancipatório
A proposta desta atividade é apresentar os potenciais do Bairro Educador em suas diversas experiências, já que os movimentos sociais, para além de suas demandas, são matrizes geradoras de saberes. Como os movimentos difundem suas práticas em atos pedagógicos? Tendo o trabalho como direito, como as escolas podem apoiar os processos de transformação social?
Convidada
Sonia Kruppa – Foi educadora da Educação Básica em escolas públicas, atualmente é professora doutora da FE-USP. Tem experiência nas áreas de Educação e Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: Estado, Políticas Públicas e Avaliação, Organismos Multilaterais de Cooperação (Banco Mundial), Educação de Jovens e Adultos e Economia Solidária.
Participação dos Projetos Sociais
Coopersol/UNAS
Concretudes Heliópolis
Facebook na Comunidade
Fab Lab Livre SP - Heliópolis
Mediadoras
Ângela São José Ferreira - Coordenadora da Rede Coopersol/UNAS Heliópolis
Débora Orellana - Coordenadora de Projetos Culturais do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli
Local: EMEF Pres. Campos Salles
Atividade 15 – Mesa de Debate: A mídia alternativa como resistência à grande imprensa
A grande mídia brasileira é composta por poucas empresas milionárias que entendem o direito à informação como mercadoria, uma vez que, ligadas a grandes grupos econômicos, acabam por representar seus interesses. Como compreender tal fenômeno? Como garantir o direito à informação e ao debate nesse contexto? Em que medida as mídias alternativas podem se desenvolver como resistência democrática? Qual o papel da educação neste processo de construção de novas mídias?
Convidados
Gerohannah Barbosa – Mulher transexual, formada em Jornalismo e pedagogia. Coordenadora do CCLGBTI Edson Neris zona sul, Coordenadora do movimento LGBTI o grito da diversidade, Diretora da UNAS
Paulo Moreira Leite – Jornalista desde os 17 anos, atuou em vários dos principais periódicos brasileiros, desde 2014 assumiu a direção editorial do jornal digital Brasil 247 em Brasília, no qual uma coluna sobre política e cultura. Na TV Brasil, apresenta o talk show Espaço Público.
Olivia Bandeira - Jornalista, Doutora em antropologia e integrante da coordenação executiva do Intervozes.
Joana Brasileiro - Jornalistas Livres: Depois de quase 30 anos de trabalho gráfico na "grande impressa", Joana se juntou a este importante coletivo, na busca de novas soluções para o enfrentamento da guerra de narrativas, que hoje usam e abusam ainda mais das questões visuais.
Mediação
José Genário Pereira de Araújo – Liderança comunitária e Coordenador do Núcleo de Ação Cultural do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli
Local: Sala Multiuso
Atividade 16 - Roda de Conversa: Experiências Exemplares: as crianças e os espaços de escuta e decisão
Desde sua formação, Heliópolis vem sendo exemplar no que se refere às suas experiências de mobilização popular para a reivindicação e consolidação de direitos dos mais diversos grupos sociais que compõe a comunidade. Calcula-se que mais da metade da população da favela seja composta por crianças e jovens. Diante disso, os educadores e educadoras de Heliópolis têm continuamente inventado formas de ouvir e dar visibilidade às reivindicações das crianças. Afinal, um Bairro Educador só pode ser democrático se integra às suas formas de conviver as perspectivas dos pequenos e pequenas. O que as crianças têm a dizer sobre a vida em sociedade? De que forma elas vêm contribuindo para construção de uma cultura democrática? Qual o papel da escola e de outros espaços educativos para a consolidação de lugares de escuta e decisão das crianças?
Convidados
Representantes da Comissão Mediadora do CCA Georgina do Carmo/UNAS Heliópolis.
Representantes das Comissões Mediadoras da EMEF Pres. Campos Salles
Representantes da Comissão Mediadora da Biblioteca do CEU Heliópolis - Guardiões Da Biblioteca
Representantes do Movimento Sem Terra/ Sem Terrinha
Mediação
Amélia Arrabal – Coordenadora Pedagógica da EMEF Pres. Campos Salles
Local: EMEF Pres. Campos Salles
Atividade 17 – Relato de Prática: Educação Integral e o Currículo Da Cidade: Calendário Temático como estratégia para a construção do Bairro Educador
O currículo tem a ver com uma seleção de conteúdos a serem organizados com a intenção de educar. A Educação Integral, ao afirmar que todas idades e todos os lugares são tempos e espaços de aprendizagem, rompe com as concepções tradicionais de educação e, portanto, de currículo. Dessa forma, elaborar o currículo de uma cidade, ou de um Bairro Educador, exige, por um lado, a articulação de diversos saberes, práticas e potenciais educativos de uma localidade e, por outro, a construção de acordos e consensos democráticos em relação às escolhas que serão feitas e aos saberes que serão evidenciados. O Bairro Educador de Heliópolis, através da articulação de um Calendário Temático Integrado - liderada pela sua principal associação de moradores, a UNAS - vem então consolidando um currículo que organiza diversas instituições, pessoas e projetos em torno de temas comuns.
Convidadas
Antônia Cleide Alves – Psicóloga, liderança comunitária e Presidenta da UNAS.
Laila Sala – Coordenadora de Ação Educacional do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli
Marieta Colucci Ribeiro – Arquiteta e urbanista. Educadora e articuladora do projeto “Escola e Cultural” do Programa Cidades Educadoras da Associação Cidade Escola Aprendiz.
Local: EMEF Pres. Campos Salles
Atividade 18 – Mesa de Debate: Modelos de Educação a Distância: Democratização ou Precarização?
Segundo o INEP, mais de 230 mil estudantes concluíram cursos de graduação a distância no Brasil em 2016, sendo que mais de 215 mil em instituições privadas. Seguem algumas questões para a reflexão sobre esse tema. Qual o papel da educação à distância? Como garantir uma educação a distância de qualidade? A educação a distância tem a capacidade de emancipar ou prender as pessoas ao capital privado? Ensino presencial de qualidade para os ricos e ensino a distância precarizado para os pobres? Qual a responsabilidade das universidades públicas na oferta de educação a distância? Quais são as experiências de educação a distância que apontam para uma educação emancipadora, voltada às camadas mais necessitadas da sociedade?
Convidados
Lenir Maristela Silva - Educadora na Universidade Federal do Paraná (UFPR- Litoral). Tem ampla experiência como docente, do ensino básico ao superior. Coordena o Curso de Especialização em Alternativas para uma nova Educação na UFPR - Litoral.
Ferenc Diniz Kiss - Mediador de Ensino da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Tem experiência em diversos segmentos formais e informais do ensino, atuação na formação de professores como docente visitante da Universidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA) e colaborador na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).
Mediação
Enio de Freitas - Coordenador da UniCEU Heliópolis.
Local: EMEF Pres. Campos Salles
Atividade 19 – Oficina: Sexualidade e Adolescência
Diante da problemática relacionada à sexualização desorientada de adolescentes, a Psicóloga Social Vera Paiva, em parceria com o projeto Maleta de Histórias do CEU Heliópolis, propõe fomentar o debate e reflexão sobre tema, a partir da contação de história Menina Mãe - com roteiro adaptado da obra homônima, escrita por Maria Glória Cardia Castro.
Proponentes
Vera Paiva – Profª do Instituto de Psicologia da USP, leciona na graduação e pós-graduação, além de realizar orientação nos programas de pós-graduação cujas linhas de pesquisa abordam temas como: pesquisa psicossocial da desigualdade, sexualidades, e a dimensão psicossocial das tecnologias e práticas de saúde, com foco na prevenção do HIV e no cuidado AIDS.
Gustavo Coimbra - Formado pela UNIPaulistano em Psicologia Clínica. Liderança comunitária da UNAS. Atuou como Coordenador do Projeto Sexualidades Saber para Tratar, Educador do Projeto Compartilhando e, também, durante quinze anos como Educado em redes de abrigamento. Atualmente é Assistente de Coordenação do CEU Heliópolis e militante na causa dos Diretos da Criança e do Adolescente.
Suelen Camilo - Contadora de Histórias, Bibliotecária e Cientista da Informação, Pós-graduada em Psicopedagogia Institucional pela UFSCar e UNIP. Atuante nas áreas de: Biblioteconomia Social, Escolar e Universitária; consultoria em Gestão do Conhecimento, Memória Institucional e Auditoria de Bibliotecas. Membra do grupo de pesquisa PRAGMA, pelo CNPq/UFSCar, na linha "Pesquisa, Ação e Intervenção em Biblioteconomia e Ciência da Informação". Atualmente também é Analista de Informações, Cultura e Desporto - Bibliotecária, no CEU Heliópolis.
Local: Auditório da ETEC Heliópolis
Atividade 20 – Mesa de Debate: A dimensão social da violência contra crianças e adolescentes
O sistema capitalista e o neoliberalismo têm gerado a negação dos direitos dos trabalhadores e os efeitos deste quadro afetam diretamente as famílias. Nesse sentido, esse sistema é considerado a principal causa da violência. Entender essa incidência nos contextos privados, na forma de violência doméstica contra crianças e adolescentes, torna-se tarefa imprescindível, oferecendo como principal balizadora a desconstrução da criminalização da pobreza.
Convidadas
Luciana Braga – assistente social, supervisora no Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS/IP)
Edgar Nóbrega – Economista e diretor da “Nóbrega Desenvolvimento Pessoal e Profissional”, foi Secretário de Comunicação do Município de Osasco e Vereador por dois mandatos na cidade de São Caetano do Sul. É docente na Faculdade de Serviço Social de São Caetano do Sul.
Sandra Soares da Silva - diretota da UNAS, Gestora do CEI Vereador Francisco Batista, Liderança Comunitária, Coordenadora do Movimento Sem Teto da região do Jardim São Saverio
Local: EMEF Pres. Campos Salles
Atividade 21 – Oficina: Cultura africana e práticas pedagógicas
Nesta oficina o Movimento Negro abordará de maneira prática formas de inserir no cotidiano das escolas e equipamentos socioculturais elementos fundamentais da cultura afro-brasileira e africana. Venha aprender a fazer brinquedos, tranças, turbantes, comidas, camisetas e cirandas.
Proponente: Movimento Negro da UNAS
Local: Saguão em frente ao Cinema