Inscrições abertas para o 14º Seminário Heliópolis Bairro Educador
“O povo na construção da Democracia, da Justiça Social e da Liberdade”
Há bastante tempo, Heliópolis tem se dedicado e refletido sobre a educação que pratica em seu território, a partir de um sonho: transformar Heliópolis e região em um Bairro Educador. Mas como palpar um conceito? Como segurar nas mãos uma ideia? Com a prática! A UNAS e as escolas públicas da região têm se comprometido desde cedo a dar vida a um Bairro Educador.
Em seu 14º ano de existência o Seminário dá voz a diversas discussões e trocas acerca de temas vividos no cotidiano. Para tanto, é preciso articularmos professores, educadores sociais, estudantes e famílias em torno de um debate sobre o nosso território, suas carências e suas potências. A ideia do Seminário Heliópolis Bairro Educador é realizar essa articulação para que, a partir das reflexões sobre as nossas ações enquanto educadores e educandos, avancemos na denúncia daquilo que nos impede de sermos mais, e também no anúncio daquilo que desejamos para nós.
A programação deste Seminário foi concebida com muito cuidado e afeto a partir de um processo de trocas muito horizontais, com a participação de educadores e de lideranças comunitárias de Heliópolis. Uniram-se à UNAS a EMEF Presidente Campos Salles, a EMEF Abraão Huck, a EMEF Luiz Gonzaga do Nascimento Jr. e a E.E. O Dr. Álvaro de Souza Lima, juntas buscaram parcerias com a Academia, com os Movimentos Sociais e com Organizações da Sociedade Civil, com a intenção de que os debates tragam várias vozes, diversas perspectivas e inovadoras proposições.
Mesa 01: O Bairro Educador no enfrentamento às Violências de Estado
A ideia desse debate é promover uma reflexão sobre as Violências de Estado, a partir das perspectivas de grupos oprimidos historicamente (mulheres, negros e indígenas), abordando também a intolerância religiosa e as violências cometidas pelo Estado em questões da terra, com destaque às ações de resistência oriundas dos movimentos sociais, na intenção de reafirmar o princípio da educação libertadora como processo coletivo e democrático que ultrapassa os muros das escolas, organiza e desenvolve as comunidades.
Debatedores Convidados:
Néia Bueno - Formação Acadêmica: Ciências Sociais – Fundação Santo André Educadora Social, Coordenadora Projeto Meninos e Meninas de Rua, Frente Nacional Contra a Redução da Maioridade Penal, Rede de Proteção Contra o Genocídio da Juventude Negra, Membro do Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Secretaria Nacional de Formação do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, Faz parte da coordenação nacional da Rede Criança Não é de Rua
Maria Agraciada - É mãe, avó e costureira de mundos. Mulher de linhagem Tupinambá, educadora e pesquisadora de educação indígena. Idealizadora e diretora do Instituto Etno. Pesquisadora integrante do Grupo de Pesquisa e Movimento Plurinacional Wayrakunas CNPQ/UNEB e integrante da Aliança das Ecoversidades com a Ecoversidade Intercultural Etno.
Mediação- Maria Antônia e Mariana
Capacidade: 150 Pessoas
Local: Rua da Mina Central, 37b (Quadra da UNAS)
Mesa 02: A Cultura Periférica como matéria-prima da Educação Popular: violências, memórias e resistências
Este debate pretende denunciar as violências enfrentadas pelos estudantes, principalmente no que diz respeito à homofobia, transfobia, misoginia, e refletir sobre os impactos que tais violências geram na saúde mental de crianças e jovens. Além da denúncia, esse debate pretende fazer uma abordagem da cultura enquanto concepção social e política do humano, trazendo a cultura periférica como anúncio de ações de superação promovidas no Bairro Educador de Heliópolis, tais como o Museu Comunitário e a importância da memória, o Observatório de Olho na Quebrada e seu papel fundamental na geração de dados e novos conhecimentos sobre o território e sobre a produção de sua cultura periférica; o projeto Garoto Cidadão e sua aposta na educação artística como possibilidade de exercício da cidadania, o projeto Escadas para as Nuvens como possibilidade de inclusão digital e qualificação do uso criativo da internet.
Esse encontro contará também com a participação de jovens lideranças das escolas dos territórios, organizados em comissões de estudantes e grêmios estudantis.
Debatedores Convidados:
Robson Silva - Coordenador Pedagógico no CEU EMEF Campos Salles, é mestrando em cultura, filosofia e história da educação na USP, formador do jogo Mancala-Awelé, pesquisador e palestrante da educação para as relações raciais e filosofia africana, ativista e Militante do Movimento Quilombo Dandara no ABC Paulista e Dofono na Comunidade Cultural de Renovação Ilê Alaketu Ọdẹ e Obá.
Bruna Lessa - Cineasta, artista visual, co-fundadora da Bruta Flor Filmes. Intercala direção de cinema documental e ficção, escrita de roteiro, criação de vídeo mapping, instalações visuais e vídeo instalação. Direção, roteiro e montagem dos curtas: Lembranças de Maura (2012), Os pilotos do Plano (2021), Interver à deriva (2021) e Medusa Inconserto (2022); produção do curta Preciso dizer que te amo (2018). Direção audiovisual do Kombi da memória e Memórias de Heliópolis (2012-2014), resultando em websérie (60 episódios, 3 min) e livro. Ganhou prêmio de melhor filme 5º FECSTA - Festival de Cinema de Santa Teresa - Brasil e Prêmio de Melhor Montagem no 26˚ CINE PE 2022 - Brasil com o curta Os pilotos do plano. Recentemente finalizou o longa Barafonda (2022) onde assina Direção e roteiro. E tem trabalhado na série infantil O que o mundo come. Idealizadora e curadora do projeto Escadas para as nuvens, contemplado no Edital PROAC Direto a projetos culturais - Modalidade artes visuais, realizado pela Secretaria de Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. O projeto é uma instalação permanente de Arte e Tecnologia, localizado em Heliópolis, na Estrada das Lágrimas, exibe, em um mural digital, obras de diferentes artistas da comunidade e distribui acesso livre à internet.
Eleilson Leite - Graduado em História (1992) pela FFLCH/USP e tem mestrado em Estudos Culturais (2014) pela EACH/USP. Trabalha na ONG Ação Educativa desde o ano 2000 onde é coordenador da área de cultura criada por ele em 2007 na qual concebeu e coordenou vários projetos, entre os quais: Agenda Cultural da Periferia (desde 2007); Ponto de Cultura Periferia no Centro (desde 2010); Encontro Estéticas das Periferias (desde 2011) e, mais recentemente a Câmara Periférica do Livro, rede criada em 2020 e que reúne atualmente 31 selos e editoras da periferia de São Paulo e outras localidades do Brasil. Paralelamente, criou a Coleção Literatura Periférica, da Global Editora da qual foi diretor de 2007 a 2012. Organizou o livro Graffiti em SP – Tendências Contemporâneas publicado pela Aeroplano Editora (2013) e desde 2020 é colunista do Site Outras Palavras onde publica quinzenalmente artigos sobre literatura periférica.
Fernanda Müller - é pesquisadora do Observatório de Olho na Quebrada, da UNAS Heliópolis e Região. Além disso, ela é Licencianda em Ciências e Humanidades na Universidade Federal do ABC, onde atua como pesquisadora, coordenadora e educadora popular no cursinho da EMEF "Gonzaguinha".
Mediação: Ana Carolina
Capacidade: 150 Pessoas
Local: Estrada das Lágrimas, 1029 (E.M.E.F. Luiz Gonzaga do Nascimento Jr.)
Mesa 03: O papel da Escola na articulação da Rede de Proteção Social
Este debate pretende gerar reflexões sobre as potências e os limites da instituição escolar no enfrentamento às violências sofridas pelos estudantes, a partir do estudo sobre a rede de proteção social existente no território, realizado pelo Grupo de Trabalho sobre violência, formado por lideranças comunitárias, diretores de escola, gestores de projetos sociais e pesquisadores da UFABC, USP e PUC, ao longo de 2023. Esperamos que a discussão mantenha foco nas políticas públicas e reafirme a importância de a escola atuar alinhada ao território, contra a violação dos direitos das crianças, proporcionando reflexões que esclareçam a escassez de políticas intersetoriais de assistência social e saúde pública no nosso território e que apontem alternativas de lutas para avançarmos na proposição de políticas públicas destinadas à prevenção e ao tratamento de crianças e adolescentes vítimas de violência. Também serão abordadas a violência nas escolas e a atuação conjunta escola-comunidade para constituir a rede de proteção social.
Debatedores convidados:
Salomão Barros Ximenes - Professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e Bolsista de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PQ/CNPq). Compõe a Rede Escola Pública e Universidade (REPU), a Articulação contra o Ultraconservadorismo na Educação, o GT de Políticas Educativas e Direito à Educação do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO) e o Grupo de Pesquisa Direito à Educação, Políticas Educacionais e Escola (DiEPEE/UFABC). É coordenador da Clínica de Políticas Públicas e Direitos Humanos da UFABC (CPPDH/UFABC). Doutor em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo - USP (2014), com graduação em Direito (2001) e mestrado em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará - UFC (2006).
Brisa Bejarano Campos - Psicóloga formada pela PUC/SP, doutoranda no Programa de Pós-graduação em Psicologia Social da USP. Pesquisadora assistente, pelo projeto temático FAPESP "Youth vulnerabilities to STIs/HIV and to dating violence: evaluating a human rights-based psychosocial intervention". Mestre em Educação pela PUC/SP. Membro do Núcleo de Estudos para prevenção da AIDS (NEPAIDS). É psicóloga clínica e supervisora de politicas públicas.
Rosana Gianonni - Mestre em Psicologia da Educação PUC-SP; Especialista em Neurociências aplicada à educação (Hospital Santa Casa e Universidade São Camilo); Especialista em Pedagogia Hospitalar (Hospital A.C.Camargo e Faculdade Santa Marina); Especialista em Alfabetização e Letramento e Educação Inclusiva (FEUSP); Pedagoga UniPaulistana; Psicóloga UNIFMU; Professora na Rede Municipal de Ensino desde 1996; Psicóloga Escolar NAAPA Ipiranga; Assistente Técnica da Educação do Município de São Paulo DIEDP IPI; Professora na Universidade Anhembi Morumbi e Instituto FACES de Educação ; Autora do Livro Trilhas da Aprendizagem EJA Alfabetização SME 2020; Autora do Livro Didático EJA Alfabetização – Editora Moderna PNLD EJA 2014.
Mediação: Abília Santigo e Claziane P. de Lima
Capacidade 200 Pessoas
Local: Alencar Araripe, 261 (EMEF Abraão Huck)
Mesa 04: Práticas pedagógicas para a superação da violência
A ideia central do debate é propor a reflexão sobre as adolescências e juventudes, suas visões de mundo e perspectivas futuras, aprofundar sobre os impactos da violência no comportamento de adolescentes e jovens e dar visibilidade ao trabalho desenvolvido pela Ouvidoria da PM/SP, apontando caminhos que aproximem comunidades e ouvidoria. A mesa também contará com a participação de Ricardo Rentes, autor do livro “Os meninos de Heliópolis: o ser e fazer de adolescentes em conflito com a lei e a sintomática criminal”. Ainda, pretendemos aprofundar o debate sobre as práticas pedagógicas exitosas utilizadas em serviços de medidas socioeducativas e demais projetos socioassistenciais da rede de proteção, que atendem adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade e/ou cumprimento de medidas socioeducativas, apresentando aos participantes concepções e repertórios para o rompimento dos ciclos de violência e resolução de conflitos através da justiça restaurativa, com a participação de Sabrina Paroli.
Debatedores convidados:
Ricardo Rentes - Psicólogo, Psicanalista, Mestre em Ciências Humanas, Sociais e Criminologia pela UFP do Porto - Portugal. Pós-graduado em Saúde Mental e Justiça pelo Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Prof. André Teixeira Lima (FUNDAP). Pós-graduado em Psicopatologia e Saúde Pública pela USP. Professor dos Cursos de Especialização em Psicanálise Winnicottiana e em Saúde Mental e Saúde Coletiva, ambos pela Universidade Cruzeiro do Sul. Professor do Curso de Especialização em Psicologia Jurídica pela Universidade São Camilo. Supervisor nas áreas de Saúde Mental e Assistência Social. Autor do livro: “Os Meninos de Heliópolis - O ser e fazer de adolescentes em conflito com a lei e a sintomática criminal”. Sócio fundador e editor da Revista Científica Pathos - Revista Brasileira de Práticas Públicas e Psicopatologia (www.revistapathos.com.br)
Sabrina Paroli - Psicóloga clínica e social, especialista em Pedagogia Social (FEUSP). Contribuo para a construção e fortalecimento da Justiça Restaurativa no Brasil desde 2007, desenvolvendo e executando projetos de implementação de justiça e práticas restaurativas. Em Justiça Restaurativa tenho experiência como facilitadora, instrutora, consultora, mentora de práticas restaurativas, práticas complementares ao facilitador, procedimentos restaurativos, desenvolvimento e gestão de projetos. Tenho dezessete anos de experiência na área social com mapeamento e articulações institucionais, fortalecimento de políticas públicas territoriais, atuando com população em alta vulnerabilidade social, desenvolvimento e alinhamento de equipes de trabalho, estratégias e gestão de conflitos, transformação de crises, gestão riscos e desastres. Idealizadora e fundadora da Empresa Ciclos - Processos de Transformações Sustentáveis.
Cláudio Aparecido Silva - casado, pai de 4 filhos e avô de 2 netos, professor de Educação Física e educador popular, é o primeiro Ouvidor egresso de uma comunidade. Da vivência nas ruas à militância nos movimentos negros e antirracistas, atuou como Coordenador de Políticas para Juventude da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania durante a gestão Haddad e também como coordenador do SOS Racismo, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, foi Secretário Nacional de Combate ao Racismo, dirigiu o SOS Racismo, na Assembleia Legislativa de São Paulo, e, no final de dezembro de 2022 assume a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo com um plano que será marcado pelo diálogo, com o órgão sendo uma porta para todos: cidadãos e policiais, com suas denúncias, elogios e ideias, e uma ponte com as forças de segurança do estado para uma equilibrada distribuição de justiça e legitimação da atividade da atividade policial.
Mediação- Priscilla e Genário
Capacidade 150 Pessoas
Local: Memorial de Aires, 478 (E.E. Dr. Álvaro de Souza Lima)
Mesa 05: O direito à educação: por uma educação especial e inclusiva para todos
O atendimento escolar aos estudantes em extrema vulnerabilidade social, com deficiência e/ou necessidades especiais ainda é um desafio. É evidente que a quantidade de estudantes neuroatípicos que chegam às escolas vem crescendo nos últimos anos. Como podemos compreender esse fenômeno? Queremos com esse debate promover uma reflexão sobre as possibilidades e os limites de atendimento pelas escolas e projetos socioeducacionais de crianças e adolescentes em extrema vulnerabilidade social, com TDAH, autistas e demais transtornos. Esperamos entender quais as políticas públicas de atendimento estão vigentes, como a rede intersetorial de atendimento se organiza (Educação, SUS, SUAS), qual o papel da medicalização e das terapias no tratamento dessas pessoas, quais as possibilidades de qualificação do trabalho docente e da infraestrutura das instituições que atendem a essa população, quais as possibilidades de ação comunitária para a garantia do direito à educação das pessoas com deficiência ou transtornos mentais.
Debatedores convidados:
Priscilla Conti - Mestranda em Educação, Pedagoga, Especialista em Educação Especial, com ênfase na Deficiência Múltipla e Surdocegueira; Psicomotricista clínico/educacional- sócia titular da ABP (Associação Brasileira de Psicomotricidade). Membro do GEPEP- Grupo de Pesquisa sobre educação, práticas educativas e processos psicossociais da UFSCAR- So. É professora do município de São Paulo e faz parte do CEFAI- Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão, na Diretoria Regional Ipiranga/ Prefeitura Municipal de São Paulo, como PAAI- Professora de Apoio e Acompanhamento à Inclusão.
Roseana Garcia - Analista Didata (IBPW). Presidente da International Winnicott Association (IWA/2022-2023). Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP com a dissertação “A Tendência Antissocial em D.W. Winnicott” (2004). Doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP com a tese “A Agressividade na Psicanálise Winnicottiana” (2009). Especialista em Saúde Mental Infantil pela FCM/Unicamp (1994). Assessora acadêmica do IBPW. Professora e supervisora do IBPW. Artigos publicados: “O uso da consulta terapêutica na clínica da tendência antissocial” (2005), “O tratamento de crianças afastadas do convívio familiar” (2009), “Entrevista com Loparic” (2012), “A ética do cuidado e a sociedade democrática” (2013), Tendência antissocial em Winnicott: teoria e clínica (2014).
Maraligia da Silva - Graduada em Pedagogia, especialista em Psicopedagogia e Didática do Ensino Superior e mestra em Políticas Públicas e Gestão em Educação, na área da Inclusão Escolar de pessoas com deficiência. Professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental na Prefeitura de Santo André, onde já atuou como diretora e coordenadora pedagógica, função que exerce atualmente. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Administração de Unidades Educativas, atuando principalmente nos seguintes temas: educação inclusiva, gestão pública e educação especial.
Ester Asevedo - Graduada em pedagogia, especialista em gestão educacional. Orientadora educacional, professora da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino superior. Assessora pedagógica nas áreas da educação infantil e educação inclusiva. Experiência em gestão como Presidente do Conselho Municipal de Educação em Santo André, Gerente do ensino fundamental e da educação inclusiva na Prefeitura de Santo André, Diretora escolar, Coordenadora de serviços educacionais.
Mediação: Claudia Cruz
Capacidade 150 Pessoas
Local: Estrada das Lágrimas, 2385 (EMEF Presidente Campos Salles)
Mesa 06: Educação Integral e Popular
A ideia desse debate é refletirmos sobre a concepção de Educação Integral na perspectiva do Bairro Educador, compreendendo o atual programa federal para a implementação da Educação Integral e a sua viabilidade para a cidade de São Paulo. Desejamos relatar como se faz a educação popular nesta comunidade e conhecer as atuais políticas educacionais voltadas à inclusão e à permanência de estudantes no ensino fundamental, médio e superior, além de entender como está sendo feita a retomada das políticas públicas para a Educação de Jovens e Adultos. Esperamos ainda anunciar as possibilidades de formação docente a partir das concepções e das ações de educação popular presentes no Bairro Educador de Heliópolis, viabilizadas pela ANE (UFPR) e pela pós-graduação em Infâncias Periféricas (UFABC/UNAS).
Debatedores convidados:
Helena Singer - Socióloga, com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo, fez pós-doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas. Vice-presidente da Ashoka América Latina e coordenadora do Movimento de Inovação na Educação. É autora de "República de Crianças: sobre experiências escolares de resistência" (Mercado de Letras, 2010), organizadora da coleção "Territórios Educativos: experiências em diálogo com o Bairro-escola" (Moderna, 2014), entre outros livros e artigos na área de Sociologia, com ênfase em educação, juventudes, inovação social e direitos humanos.
Denise Carreira - É professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Educadora popular, é mestre e doutora em Educação pela USP e pós doutoranda em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Integrou a coordenação da Ação Educativa e foi coordenadora da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, do Centro de Educação Popular e Direitos Humanos do Acre e da Coalizão Direitos Valem Mais: pelo fim do Teto de Gastos e por uma nova Economia. Feminista antirracista, foi Relatora Nacional de Direitos Humanos da Plataforma DHESCA Brasil e fundadora da Iniciativa De Olho nos Planos e da Articulação contra o Ultraconservadorismo na Educação: em Defesa do Direito à Educação e contra a Censura nas Escolas. É defensora do direito à educação de meninas e mulheres da Rede Internacional de Ativistas do Fundo Malala. Integra os grupos de pesquisa "Pensamento, políticas e práticas em Educação de Jovens e Adultos e Educação Popular" e "Discriminação, Preconceito e Estigma" do CNPQ. Com as professoras Maria Clara Di Pierro e Meire Lima, coordena do Grupo de Estudos sobre a EJA da FEUSP.
Suze Piza - É professora de Filosofia na UFABC nos cursos de Filosofia e Bacharelado em Ciências Humanas. Faz parte dos programas de Pós-Graduação em Filosofia, na linha de pesquisa de Ética e Filosofia Política e no Programa de Economia política mundial na linha de pesquisa de Conhecimento, produção e trabalho. É doutora em Filosofia pela Unicamp onde foi pesquisadora de pós-doutorado e professora colaboradora no Departamento de Filosofia (IFCH) UNICAMP entre 2015-2017. É membro do Conselho de pesquisa do IBPW - Instituto Winnicott e pesquisadora na IWA, International Winnicott Association. Tem diversos artigos e livros publicados na área de Filosofia. Atua principalmente nos seguintes temas: produção de pensamento filosófico, pensamento ético-político moderno e contemporâneo, filosofia na América Latina e africana, interfaces entre Filosofia e Psicanálise, interfaces entre a Filosofia e a Educação e pensamento kantiano. Foi presidente do COMFOR - Comitê gestor institucional de formação inicial e continuada de profissionais do magistério da educação básica de educação básica da UFABC entre 2019-2020, é coordenadora institucional do Pibid-Capes na UFABC desde 2018. Coordena o projeto de extensão Produção e reprodução do conhecimento em Heliópolis-SP. É pesquisadora no grupo de pesquisa Metafísica Contemporânea e Rede africanidades.
Valdo José Cavallet - Trabalhador do campo. Cobrador de ônibus. MOTORISTA de interior, de cidades e de estradas. Não tenho SÓ um currículo acadêmico, tenho uma vida, intensamente vivida. E para VIVER eu tenho tempo. Gosto do que faço e faço o que gosto. Continuo vivendo e educando, também nos espaços acadêmicos, sem me desconstituir pelas Normoses da escravidão intelectual dos tempos atuais. Fui Pro-Reitor de Graduação da UFPR Período 2002 - 2006 e Diretor da arrojada UFPR Litoral Período de 2006 - 2016, sem perder a identidade de sapiens humano. Atuo na ANE - Alternativas para uma Nova Educação, desde a concepção em 2015 até os dias atuais. Um projeto de educação emancipatória que fomenta a Autonomia, a Responsabilidade e a Solidariedade como valores fundamentais da Humanização. E assim eu sigo, na Sombra do Tempo.
Natacha Costa - É diretora geral da Associação Cidade Escola Aprendiz desde 2006. Psicóloga formada e licenciada pela PUC-SP e mestranda na Faculdade de Educação da USP. Atualmente é membro do Conselho Estratégico Universidade-Sociedade da Unifesp, do Movimento de Inovação na Educação, do conselho gestor do Observatório Nacional de Educação Integral da UFBA, do conselho consultivo do programa Escolas 2030 no Brasil , do Coletivo Articulador do Centro de Referências em Educação Integral e do Grupo de Coordenação e Articulação da Agenda 227.
Mediação- Angélica e Isa
Capacidade 100 Pessoas
Local: Estrada das Lágrimas, 2385 (EMEF Presidente Campos Salles)
Mesa 07: Hortas pedagógicas como estratégia de sustentabilidade e combate à fome
A ideia desse debate é refletirmos sobre o papel da educação na construção de novos paradigmas para a viabilidade da vida no planeta Terra. Abordaremos esse tema em dois blocos: no primeiro, conversaremos sobre o mapa da fome e como ela se faz presente em nosso território e, no segundo, sobre o papel da alimentação adequada e saudável na promoção da segurança alimentar e nutricional no ambiente escolar e sobre a inserção das hortas escolares nos planos pedagógicos
Debatedores convidados:
José Raimundo - É professor Adjunto da Universidade Federal do ABC. Possui bacharelado, mestrado e doutorado em Geografia pela Universidade de São Paulo. Entre 2019 e 2021, foi professor visitante do Instituto Saúde e Sociedade da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), tendo atuado junto ao Centro de Práticas e Pesquisas em Alimentação e Nutrição Coletiva (CPPNAC). É coautor do “Atlas das situações alimentares no Brasil: a disponibilidade domiciliar de alimentos e a fome no Brasil contemporâneo”, lançado em 2021. Desde janeiro de 2019, atua como representante da Associação dos Geógrafos Brasileiros (Seção São Paulo) no Conselho Municipal de Segurança Alimentar (COMUSAN-SP).
Marcelo Mikio Hanashiro - Analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Hortalicas - DF. Engenheiro Agrônomo e Mestre em Desenvolvimento Econômico. Analista da Embrapa Hortaliças. Antes de trabalhar na Embrapa, estagiou com frutas no Japão, e atuou no Vale do São Francisco com frutas e hortaliças. Foi pesquisador-bolsista em pós-colheita em Campinas. Na Embrapa, iniciou os trabalhos na atual Embrapa Agricultura Digital, antes de fazer parte da equipe da Embrapa Hortaliças, onde está até hoje.
Helissa de O. M. Moreira - compõe a equipe da CGSAU/DESAU/SESAN/MDS. Nutricionista. Analista Técnica de Políticas Sociais. Já trabalhou no Ministério da Saúde e hoje atua no MDS. Doutoranda em Nutrição em Saúde Pública pela USP.
Rosana Fernandes - Dirigente nacional do MST, pedagoga, especialista em Educação do Campo, mestra em Desenvolvimento Territorial da América Latina e Caribe, doutoranda em educação, coordenadora geral da Escola Nacional Florestan Fernandes.
Sofia Tapajós - Historiadora, pesquisadora e educadora voltada para os temas de memória, patrimônio, identidade e suas relações. É militante na Teia dos Povos e articuladora em coletivos comunitários.
Mediação- Aliomar e Sabrina
Capacidade 100 Pessoas
Local: Estrada das Lágrimas, 2385 ( CEI APARECIDA DAS GRACAS ROSEIRA)